Garota multidança: a vibrante raiz da versátil arte-educadora

Desde muito pequena,
a arte-educadora Márcia Cristina Men
ezes já fazia produções com tecidos leves por todo corpo e deslizava pelo chão de casa, mandando ver em piruetas, congelando os movimentos com paradas em poses performáticas. Adolescente, em férias com a família, adorava fazer todo mundo levantar da cadeira para se mexer; colocava vários estilos de música e fazia a galera familiar se soltar enquanto puxava algumas sequências de passos.
Pelo visto, estava em seu DNA toda essa paixão avassaladora
pela dança e deu no que deu: hoje é professora de Contemporâneo, Street Jazz e Biodança. Ela nos conta aqui suas vivências, que vão desde a malandragem do Hip Hop à sutileza terapêutica da Biodança. Acompanhe.

Lembro-me muito bem. Quando tinha lá pelos meus quatro anos, enrolava diversos tecidos finos e leves por todo meu corpo e deslizava pelo chão de casa, dando piruetas, saltos e quedas harmoniosas, terminando os movimentos com paradas em poses performáticas. Não deu outra: DANÇA CONTEMPORÂNEA!! Hoje interpreto, pesquiso e dou aulas desta expressão tão transgressora que desorganiza a rigidez do ballet de forma agradável aos limites do corpo.
Já com nove e dez anos, meus pés e quadris balançavam agitados ao som de Jackson Five, Marvin Gay, Billy Paul e Diana Ross. UAU! Sangue black na veia (embora, eu, branquinha, neta de portugueses e italianos). Não poderia ser de outra forma: hoje sou professora de HIP HOP, mais especificamente STREET JAZZ.
Quando era adolescente e estava de férias com a família inteira (todas as tias, primos, avós, amigos) na praia ou na chácara de algum tio, eu adorava fazer todo mundo levantar da cadeira para se mexer; colocava vários tipos de música e fazia todo grupo soltar as emoções enquanto eu puxava algumas sequências de passos. Resultado: professora de BIODANÇA para qualquer sexo e idade.
É... Como se pode ver, a dança é parte integral e total da minha história de vida! Acho que, quando descobrimos as formas essenciais de comunicação para nosso relacionamento com o mundo, optamos pelas expressões que nos são vitais, necessárias e extrafísicas. Comigo foi assim, minha alma para se fazer presente, meu espírito para tornar meu corpo equilibrado, pede a dança - como fonte de juventude, como presença marcante no Planeta, como forma de estabelecimento de relações, como autoconhecimento, como meditação para minha evolução de espécie.
Pois bem, cada coisa no seu lugar; cada linguagem na sua vez!
Hoje, a Dança Contemporânea está estreitamente ligada a meu lado cultural, vinculada a meu jeito e concepção de artista plástica contemporânea. "A dança contemporânea passou a trazer à discussão o papel de outras áreas artísticas na dança, como vídeo, música, fotografia, artes plásticas, performance, cultura digital e softwares específicos, que permitem alterações do que se entende como movimento, tornando movimentos reais em virtuais ou vice-versa. Surgindo, a partir de então, vertentes como a videodança, tornando mais híbridas as relações entre as diferentes áreas da dança." (WIKIPÉDIA)

A pesquisa que faço em Dança Contemporânea, há três anos, é com jovens adolescentes meninas que, como a maioria, fazem parte de um cotidiano consumista, acomodado e massificante. Tirá-las da morbidez corporal e fazê-las conhecer os limites do corpo através de movimentos de muito contorcionismo, extravagância em técnicas de rolamento e quedas, tem sido surpreendente! O mundo performático é interativo, altamente pleno de consciência de espaço-tempo, basicamente fiel a cada emoção.

Já na "malandragem", no swing do HIP HOP, na força da feminilidade, na sensualidade do gingado, minha trajetória tem sido de muita aceitação por grandes grupos de mulheres adolescentes. Consegui chegar, ao longo de nove anos, num estilo próximo às coreografias de vidoclipes: o street jazz. Com modelitos de calças largas, bonés, bandanas, munhequeiras e camisetas sobrepostas, temos esgotado nossos suóres no balanço BLACK, dançante, contagiante e de rebolado em grande estilo. Eu diria, de tirar o fôlego!
O bom é ver essa moçada deixar de fazer movimentos grotescos e vulgares do funk e partir para uma expressão fortemente influenciada pelo HIP HOP, mas com a leveza e a técnica do JAZZ. Show!
E, para não ficar distante da dança enquanto autoconhecimento, descoberta de identidade e poesia da essência interna, não poderia deixar de falar sobre meu trabalho com a Biodança. Dei aulas, cinco anos atrás, em São Paulo, e agora retomando o curso no interior e também na capital. O mais interessante tem sido acompanhar os "desabrochares" de vivências com grupos diversificados, de comunidades e culturas diferentes; um trabalho destinado a qualquer fase da vida, para qualquer raça e sexo.
O reencontro humano é notório nesta atividade, assim como a renovação do ser e renascimento interior. O emocional se expõe de forma sublime, atemporal e dentro da musicalidade e ritmo apropriados. Neste trabalho, o grupo deixa fluir todas as energias de identificação pessoal e coletiva, e traz o bem-estar vir junto aos sons de agradáveis melodias. A saúde se transforma, a alegria se revigora, a vontade se aprimora...
Como vocês podem observar, tenho sido, como dizem, uma facilitadora para todas estas linguagens; mas sei muito bem que a dança que há em mim é que facilitou a abertura para tantos portais da minha existência.


Márcia Cristina Menezes
Arte-educadora (artes plásticas, dança, teatro) de crianças e adolescentes (Espaço de Dança Alicita Toledo)
Pesquisadora de Transição Planetária, Geração Índigo, Ufologia, TVP
Terapeuta em Apometria e Mandaloterapia
Apresentadora do Programa NOVA ERA na infocoTV - http://www.infocotv.com.br/
http://marciaarts.blogspot.com/
marciarte7@hotmail.com
AVARÉ/SP

Fotos: Arquivo pessoal
Foto/topo: Edição de arte a partir de imagens da autora

7 comentários:

  1. Ótima matéria, não só a Biodança como qualquer outra modalidade de dança tem sempre o poder de nos fazer libertar e sem dúvida abrir diversos portais.
    Luz a Todos!!
    Pedro Rafael"

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  2. Obrigada por compartilhar suas idéias, Pedro!
    Muita LUZ prá você também!
    MÁRCIA

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  3. Kerida amiga...parabéns pelo texto.A dança realmente nos liberta, nos fascina...poder ensinar a dança então, é maravilhoso, ainda mais ao lado de pessoas como vc. Parabéns pela profissional dedicada que é!Sucesso sempre!!!!

    Beijoss Tita

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  4. Oi, minha querida TiTA!
    Sobre DANÇA, você entende desde que nasceu e sabe muito bem fazer BEM às pessoas através desta linguagem que você interpreta com a alma!
    Parabéns a você também,GRANDE bailarina, por TUDO que faz!
    Bjoooooooo
    Márcia

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  5. Márcia queridaaa!
    Sou sua fã desde a primeira aula que tive com vc. Essa sua força, essa vontade de dar aula, de nos ensinar me encanta!
    Adorei o texto!!
    Adoro o seu trabalho e toda sua dedicação!
    Obrigada por tudo e pela paciência que tem com nós(principalmente comigo) heheh
    Adoro você
    Beijos

    Isa Garcia

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  6. Máárciia!
    parabéns por essa esta professora M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-A que você é,está nos ensinando casa vez mais e maais...
    realmente,a dança nos liberta e nos faz viajar..

    beijão!
    brigada por tuudo!
    te amo,
    Ana Maria

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  7. Meus amores, minhas queridas!
    Muito obrigada pelo carinho e por toda a energia que vocês passam durante nosso trabalho.
    Energia de otimismo, evolução, sensibilidade e muito AMOR!
    É muito BOM ter vocês por perto, trocando sentimentos através da DANÇA.
    Amo vocês!
    Bjs,
    MÁRCIA

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